segunda-feira, 11 de junho de 2007

Vem dançar


Pode-se escrever o que se quiser sobre a dança, mas de nada vale: é preciso dançar para saber do que se está falando. Dançar até a exaustão, como se fôssemos alpinistas subindo uma montanha sagrada. Dançar até que, por causa da respiração ofegante, nosso organismo possa receber oxigênio de uma maneira que não está acostumado, e isso termina por fazer com que percamos nossa identidade, nossa relação com o espaço e o tempo.

Claro que podemos dançar sozinhos, se isso nos ajuda vencer a timidez. Mas sempre que possível, é melhor dançar em grupo, porque um estimula o outro, e termina-se criando um espaço mágico, com todos conectados na mesma energia. Para dançar, não é necessário aprender em academias; basta deixar que o corpo ensine - porque dançamos desde a noite dos tempos, e não esquecemos isso.

Na juventude, a dança é um rito de passagem fundamental: experimentamos pela primeira vez um êxtase profundo, mesmo que para os menos avisados tudo não passe de um grupo de rapazes e moças divertindo-se em uma festa.
Quando ficamos adultos, e quando envelhecemos, devemos continuar dançando. O ritmo muda, mas a música é parte da vida, e a dança é a conseqüência de deixarmos que este ritmo penetre em nós.

Com a dança, o mundo espiritual e o mundo real conseguem conviver sem conflitos. Como disse alguém que não me lembro, os bailarinos clássicos ficam na ponta dos pés porque estão ao mesmo tempo tocando a terra e alcançando os céus.

Fragmentos retirados do texto Tudo se move, do escritor Paulo Coelho.
Assistam ao filme Vem dançar, da diretora Liz Friedlander, nele Pierre Dulaine (Antonio Banderas) é um dançarino de salão profissional, que se torna voluntário para dar aulas de dança a alunos de castigo de uma escola pública de Nova York. Dulaine tenta apresentar seus métodos clássicos, mas enfrenta a resistência dos alunos, mais interessados em hip-hop. Para levar a idéia adiante, ele precisa adaptar a sua metodologia.
Ao lado dos alunos, Dulaine cria um novo estilo de dança, mesclando o clássico e o hip-hop. Quando, enfim, consegue a confiança da turma, ele os motiva a aprimorar suas habilidades para uma competição de dança de salão de muito prestígio da cidade.

Um comentário:

Alexandre Luiz disse...

ai jair, legal o blog! e sobre o filme, bom... não sou mto fã de filmes de dança (a maioria tem a mesma historia rs), mas esse é legal pelo lance da mistura de ritmos. a trilha sonora eh bem legal! bom é isso, agora visita o meu rs
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